MEIOS DE TRANSPORTE:
Nenhum meio de transporte è proibido, mas alguns podem ser mais desconfortàveis do que outros.
Aviao: o problema maior do aviao è quando a barriga
começa a dar o ar da graça. Nao que exista algum problema para a gravida
ou para o bebe em usar o aviao; o problema sao as regras das companhias
aereas que, obviamente, mudam de companhia para companhia aerea e vai
depender tb da boa vontade do funcionario do check in em segui-las.
Tem companhias aereas que depois dos 7 meses de gravidez exigem um
atestado medico que te permita voar, tem companhia aerea que nao te faz
embarcar de jeito nenhum, tem companhia aerea mais flexivel…
Resumindo, antes de entrar num aviao exibindo a barriga, convem ler
direitinho as letrinhas miudas nos sites das cias aereas para nao correr
o risco de viajar e nao poder voltar pra casa no final das ferias.
Nesse aspecto, eu sò tive 2 experiencias com a barriga maiorzinha:
uma com a Gol, que me fez preencher um formulario em que eu dizia que
estava gravida e de quanto tempo, e a nossa viagem de ferias agora em
agosto, que decidimos cancelar a viagem para a Islandia e achamos melhor
fazer um tour de carro pela Austria, (saindo de carro diretamente de
Milao), sò para evitar o stress de ter que pedir atestado medico,
traduçao de atestado medico e ainda ter que ficar na expectativa de que
corra tudo bem com os documentos apresentados.
Carro: viajar de carro tambem è super tranquilo na
gravidez, tem sò dois detalhezinhos que devem ser levados em
consideraçao quando se està gravida:
1 – o cinto de segurança: dependendo do tamanho da barriga, o cinto
pode incomodar bastante e è muito importante que o cinto permaneça
sempre na posiçao certa: embaixo da barriga e nunca por cima. Quem nao
se sente bem com o cinto, pode tentar um desses adaptadores de cinto de segurança para mulheres gravidas que existem no mercado.
2 – a condiçao das estradas: estradas cheias de buracos è um
sofrimento sò. Antes eu nem ligava para as ruas antigas e irregulares de
Milao, agora eu tenho a impressao de que tudo dentro de mim chacoalha. E
nao tem amortecedor nenhum que melhore esse desconforto! Com isso tento
evitar viagens muito longas em estradas muito irregulares.
E tem tambem o fato de que uma mulher gravida precisa usar o banheiro
com muita frequencia e que sò faz bem poder esticar as pernas de vez em
quando. Entao, è bom verificar se a estrada possui uma boa
infra-estrutura de apoio. Isso significa que outra viagem parecida com
aquela que fizemos para Cuba ou para a Serra da Capivara nao vai acontecer tao cedo.
Trem: acho que esse è o unico meio de transporte sem
contra indicaçoes (pelo menos nao encontrei nenhuma…), a “estrada” è
regular, dà pra esticar as pernas quando se tem vontade, tem banheiro e
restaurante sempre à disposiçao, e se acontece alguma emergencia, dà pra
descer facilmente na proxima estaçao. E’ claro que estou me referindo
principalmente aos trens europeus, nao acredito que pegar a
Transiberiana durante uma gravidez seja uma boa escolha, mas isso è um
palpite meu…
Barco: se o barco for pequeno e o lugar por onde ele
passa for muito agitado, a viagem nao è recomendada. Nem tanto por
causa de enjoo, mas mais por causa do chacoalhar do barco mesmo. Na
nossa viagem pra Escocia, o meu passeio à ilha de St Kilda foi cancelado
pela empresa que faz esse passeio justamente por causa do mar agitado
da regiao. Ele disse que os passageiros costumam “pular” demais dentro
do barco. Marido vai sozinho…
DESTINO:
Teoricamente nenhum destino è proibido para uma mulher gravida, basta
lembrar que nascem crianças em todos os cantos do mundo. A unica coisa a
ser lembrada è cada um està habituado a certos tipos e padroes de
cultura, alimentaçao, segurança… e que variaçoes muito grandes nesses
standards podem ser causas de problemas ou, no minimo, de desconfortos,
principalmente no caso de uma gravida.
Aqui tb cabe a cada mulher determinar com bom senso quais sao os seus
limites. A pergunta que tento responder sempre que organizo uma viagem
durante a gravidez è: “E em caso de emergencia?”. Partindo dessa
pergunta, essas sao as coisas que eu costumo avaliar:
Condiçoes medico-sanitarias: A primeira coisa que eu
observo è: se eu precisar de um medico ou de um hospital, quais sao as
opçoes que esse lugar me oferece? Preciso tomar alguma vacina? E’ um
lugar com doenças endemicas (malaria, por exemplo)?
Lingua: procuro visitar lugares onde sei que boa
parte da populaçao fala e/ou entende alguma lingua que eu falo e/ou
entendo. Apesar de nao falar alemao, sei que na Alemanha todo mundo fala
ingles (e se nao fala, tem sempre alguem por perto que fala!). Por
outro lado, nao me arriscaria a fazer novamente uma viagem pro interior
da Russia : prefiro evitar explicaçoes sobre o meu estado de saude atraves de mimicas…
Geografia: lugares remotos ou com condiçoes
climaticas ou territoriais extremas tambem convem evitar. Pra mim, essa
foi a recomendaçao da medica mais complicada de assimilar,
principalmente pq cada um tem um conceito diferente do que seja remoto e
extremo. Pelo o que eu pude entender, nada de viagens em lugares muito
frios, muito quentes, muito altos, muito dificeis de chegar… Em outras
palavras: vou ter que esperar um bom tempo para fazer outras viagens nos
mesmos moldes das viagens que fiz para o Ice Hotel, para o deserto do Sahara, para Machu Picchu (por causa da altitude)…
ESTILO DA VIAGEM:
Nao foi sò a escolha do destino que tive que adaptar nas minhas
viagens, mas tambem tive que privilegiar determinados tipos de viagem em
detrimento de outros e tudo em camera lenta.
Tipos de viagem: Viagens muito, digamos, “esportivas”,
foram canceladas totalmente: nada de trekking, esqui, cavalo, rapel…
Viagens muito “natureza” tambem foram limitadas: nao tem nada de mais em
passear tranquilamente num parque, mas pelo menos agora tenho uma boa
desculpa para nao me submeter mais àqueles tipicos programas de indio
que o marido inventa de vez em quando! A regra agora è privilegiar
viagens urbanas.
Ritmo: querendo ou nao, o ritmo das viagens diminuiu
bastante. Nao consigo mais fazer tudo o que eu fazia antes no mesmo
tempo que eu fazia antes: a barriga pesa, tenho que parar varias vezes
para ir ao banheiro, me canso mais facilmente… Definitivamente
maraturismo nao tem mais espaço nas minhas viagens e tenho que calcular a
quantidade de dias em cada lugar de um modo muito mais tranquilo e
condizente com a minha gravidez.
ALIMENTACAO:
Essa è a parte que a minha medica mais pega no meu pè, porque sou
muito boa de garfo e adoro experimentar de tudo quando viajo. Eis os
meus principais problemas:
Peso: nao tem jeito, eu sempre voltava com 1 ou 2
quilos a mais das viagens que fazia, comia o que tinha vontade sem me
preocupar com o peso. Daì era sò fazer uma dietinha basica e tudo
voltava ao normal atè a proxima viagem… Agora tenho que controlar
direitinho o que como para nao engordar demais e fazer dieta tambem està
fora de cogitaçao. O controle do peso tem que ser continuo e nao tira
ferias!
Qualidade da comida: o problema aqui è o risco de
uma infecçao causada por alimentos velhos, estragados, crus, etc… Tenho
que conferir 10 vezes se o restaurante è limpo, se a comida foi bem
cozida e preparada ao momento… Ainda bem que fiquei gravida sò depois de
ter me esbaldado nas comidas de rua da Tailandia!
Avisar sobre a gravidez: minha medica havia sugerido
de avisar sempre os restaurantes de que eu estou gravida,
principalmente quando a barriga ainda nao è tao evidente, para que o
restaurante possa avisar de possiveis ingredientes que usa em seus
pratos e que podem causar problemas. Nao deu outra: na França, o garçom
de um restaurante todo chiquetoso veio me dizer que nao poderia servir
os queijos que eu havia pedido, pq os queijos nao eram pasteurizados.
De repente tudo isso pode parecer excesso de zelo, mas sao sò 9 meses… Passa rapido!
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